Em uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), na coluna “MONITOR DA VIOLÊNCIA” foram apresentados os números de mortes causadas pela pandemia (clique aqui para ver a matéria completa).
Foram mais de 465 mortes de policiais em virtude da COVID-19, contra 198 mortes em serviço no ano de 2020. Os números são claros ao revelar os perigos e o elevado risco de contágio a que os policiais estão diariamente expostos em função da atividade.
Além do mais, a Segurança Pública também está atuando na linha de frente durante o caos sanitário, portanto não é justo que mais vidas sejam sacrificadas por negligência do governo, sem a devida valorização da categoria.
Faz-se necessário o imediato reconhecimento e a valorização profissional dos policiais, categoria que corre risco em DOBRO, já que coloca sua vida em risco na defesa de outrem, diretamente exposto à contaminação do vírus, sem receber, em contrapartida, o real reconhecimento por esse sacrifício diferenciado.
É urgente a concessão, pelo governo, do adicional de periculosidade e gratificação por risco de contágio, como uma forma simbólica de reconhecer essa condição peculiar do trabalho policial. Ainda que existam decretos de calamidade, é preciso garantir expressamente essa previsão futura, já que o Estado de Minas tem apresentado caixa superavitário.
Em Minas Gerais a situação é ainda mais grave. De acordo com o último levantamento feito pela COBRAPOL, em 2019, os salários iniciais dos Investigadores e Escrivães de Polícia mineiros ocupavam a ingrata 21º posição no ranking das 27 unidades da federação, ou seja, um dos estados mais ricos da federação, com uma das polícias mais atuantes, oferece os piores salários aos Policiais Civis.
Isso precisa mudar!
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