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Sindep denuncia corte de recursos que compromete abastecimento de viaturas da Polícia Civil de Minas Gerais

Na última sexta-feira (16/05), o Sindep recebeu uma grave denúncia sobre a limitação no abastecimento das viaturas da Polícia Civil de Minas Gerais, motivada por cortes de recursos implementados pelo governo estadual. Diante da informação, o sindicato se dirigiu imediatamente ao Departamento de Transporte da Polícia Civil, localizado no bairro Santa Efigênia, e constatamos a veracidade da denúncia: várias bombas de combustível estavam com defeito e faltava combustível para o abastecimento das viaturas.

O cenário é resultado direto do corte de R$1,1 bilhão anunciado recentemente pelo governador Romeu Zema, sob a justificativa de evitar uma "calamidade financeira". Contudo, o impacto dessas medidas recai pesadamente sobre áreas essenciais, como a Segurança Pública. A Polícia Civil, que já opera em condições precárias, vê-se agora ainda mais fragilizada, com seu trabalho de investigação seriamente comprometido.

Medidas restritivas absurdas

As viaturas da Polícia Civil estão autorizadas a abastecer, no máximo, cinco vezes por mês — um limite rígido, controlado automaticamente pelo bloqueio do cartão de combustível ao se atingir esse número. Para "economizar", foram ainda impostas medidas como:

  • Uso de marchas apenas na rotação ideal;

  • Ar-condicionado ligado somente em rodovias, com janelas fechadas.

Essas medidas, além de impraticáveis, demonstram o desprezo do governo pela realidade dos policiais civis. "Mais uma vez, a Segurança Pública sofre com o descaso do governador, que corta gastos essenciais e compromete o trabalho da Polícia Civil. Enquanto isso, nossos salários seguem baixos, com perdas acumuladas ultrapassando os 44%, e sem qualquer recomposição."

Consequência direta: aumento da criminalidade

A falta de estrutura básica impacta toda a população. Como reflexo da precariedade nas condições de trabalho dos policiais civis, a criminalidade aumentou 3,6%, segundo dados divulgados recentemente pelo Atlas da Violência 2025. Um número que já vem sendo sentido nas ruas pela população.

Contradições do governo

É importante lembrar que, no início do ano, o próprio governo anunciou um superávit de mais de R$5 bilhões. Agora, com o Projeto PROPAG tramitando na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o governo tenta impor sua vontade por meio de chantagens políticas, ao mesmo tempo em que contingencia o orçamento e penaliza diretamente a sociedade.

Enquanto faltam recursos para combustível, salários e estrutura da Polícia Civil, o governo mantém bilhões de reais em isenções fiscais para grandes empresas. É legítimo questionar:

 O governo também vai cortar os privilégios dos seus aliados? Ou só a população e os servidores públicos pagarão essa conta?

O Sindep repudia com veemência mais esse ataque à Segurança Pública de Minas Gerais e convoca todos os policiais civis e a sociedade a se unirem em defesa de um serviço público digno, estruturado e respeitado. Não aceitaremos o sucateamento da Polícia Civil. Vamos continuar cobrando transparência, respeito e investimento onde realmente importa: na segurança do povo mineiro.





 
 
 

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