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NOTA DE REPÚDIO

Entidades de classe da base da Polícia Civil repudiam a fala do Governador Romeu Zema sobre a instituição e cobram explicações

É de conhecimento público, por meio do Instagram oficial da Polícia Civil de Minas Gerais, em cerimônia de posse do novo chefe da instituição, Delegado Geral Joaquim Francisco Neto e Silva, na data de ontem (09/02), que o Governador Romeu Zema, numa fala infeliz, comparou a Polícia Civil em relação às demais Forças de Segurança, como sendo a que tem uma “incidência muito maior do que as outras de investigações por pessoas da corporação que não procedem de acordo com os princípios que nós julgamos corretos”.


Tal comparação não reflete a realidade dos policiais civis mineiros que zelam pela coisa pública e cumprem suas atribuições com destemor, honestidade e respeito à legislação vigente.É muito temerário afirmar, sem índices concretos, expondo uma instituição bicentenária que integra o próprio Poder Executivo, notadamente comparando com as demais forças de Segurança Pública, o que não condiz com a verdade. Isso porque podemos inclusive comparar que se há uma estatística alegando a afirmação do governador, significa que a própria Polícia Civil apura efetivamente suas irregularidades, sem corporativismos.


É de suma importância esclarecer que há em todos os entes da federação, em todos os seus níveis hierárquicos, seja na Administração Pública direta ou indireta, entidades, empresas e no meio político, profissionais que apresentam desvios de condutas, o que na Polícia Civil são punidos severamente.


A Polícia Civil de Minas Gerais vem sofrendo, principalmente nos últimos anos, perdas cruéis, muito diferente das outras entidades de Segurança Pública do Estado, como direitos previdenciários (pós reforma do Governo Romeu Zema), exorbitante aumento da alíquota, defasagem salarial, promoções e progressões atrasadas, quadro de pessoal defasado quase pela metade, e muitos outros direitos, além do gritante sucateamento da instituição e falta de investimentos na investigação.


É fato que se houvesse o real interesse por parte dos Poderes Executivo e Legislativo, de investimento e valorização da polícia investigativa, muitos crimes, inclusive de desvios de conduta, que não condizem com os princípios da Administração Pública, incluindo os dos meios político e empresarial, já teriam sido devidamente investigados e solucionados.


O Sindpol/MG, o Sindep/MG, a Aespol/MG e a Aspcemg, acreditam que toda conduta de servidores que transgridam os princípios norteadores da atividade pública, devem ser devidamente apurados e se cabalmente comprovados, punidos, observando em todos os casos, os direitos e garantias do servidor público.


Diante de todo o exposto, as entidades nominadas, requerem explicações com base em dados técnicos e estatísticos da fala do governador Romeu Zema, que trouxe desconforto a uma categoria que trabalha diuturnamente com afinco em prol da sociedade, oportunidade em que também repudiam, veementemente, a referida afirmação do chefe do Poder Executivo mineiro.


Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 2021.


José Maria de Paula “Cachimbinho”

Presidente do SINDPOLMG



Bruno Figueiredo Viegas

Presidente do SINDEP/MG e Diretor da COBRAPOL



Aline Risi dos Santos

Presidenta da AESPOL/MG e Diretora da COBRAPOL



José Lacerda de Souza

Presidente da ASPCEMG



Wemerson Silva de Oliveira

Diretor Executivo da Feipol/SE e Assessor do Sindpol/MG


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