Minas Gerais enfrenta uma das piores crises em segurança pública de sua história, com resultados visíveis diariamente, tanto nas ruas quanto nas notícias de televisão, que retratam uma crescente onda de crimes violentos.
A população é a principal vítima dessa situação, sofrendo as consequências de um governo que não tem comprometimento com as forças de segurança e com a paz social.
O governo do estado não cumpre o que a lei determina, mantendo os salários da segurança pública defasados. Isso resulta em policiais que enfrentam uma luta diária não apenas contra o crime, mas também contra seus próprios problemas pessoais.
O baixo salário, um dos menores do país, agrava essas dificuldades, afetando o desempenho dos policiais e impedindo-os de realizar o melhor trabalho possível em meio a uma rotina estressante de criminalidade.
Um dos crimes mais chocantes ocorreu em Ribeirão das Neves no dia 23 de julho: uma chacina em uma festa de aniversário infantil, deixou um homem e duas crianças mortas.
A disputa por território do tráfico de drogas tem gerado constantes conflitos com trocas de tiros e homicídios na Capital e Região Metropolitana.
Um desses casos aconteceu no dia 26 de julho no bairro Jardim Felicidade, onde um homem de 21 anos e um adolescente de 17 foram presos sob suspeita de envolvimento no crime. No mesmo fim de semana, dois irmãos foram baleados na mesma região; uma das vítimas faleceu.
No dia 27 de julho, em Ipatinga, um jovem foi encontrado morto a facadas no bairro Vila Celeste. Segundo o pai da vítima, Farlen Reis de Araújo Ferreira, o jovem tinha o hábito de se envolver em brigas e já possuía algumas passagens pela polícia.
Os crimes cometidos por facções criminosas também têm aumentado, especialmente aqueles envolvendo o Terceiro Comando Puro (TCP), que domina a região da Cabana do Pai Tomás. Aliado ao PCC e adversário do Comando Vermelho (CV), o TCP tem gerado preocupações sobre conflitos territoriais em regiões dominadas pelo CV, como no bairro Vista Alegre.
Ainda no dia 27, um advogado criminalista foi morto a tiros em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu quando Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça estava indo almoçar próximo ao fórum da cidade.
Em Santana do Riacho, uma zona rural na região Central de Minas, um homem de 54 anos foi assassinado com dez tiros, seis deles no rosto. Questionados sobre possíveis desavenças que poderiam ter motivado o crime, os familiares mencionaram que o terreno utilizado pela vítima é vizinho às terras de um homem que recentemente sofreu uma tentativa de homicídio.
Os criminosos estão se tornando cada vez mais audaciosos e corajosos.
No dia 28 de maio um homem de 65 anos morreu após levar vários tiros na cabeça e nas costas enquanto trabalhava como vendedor em uma concessionária em Belo Horizonte. O suspeito entrou armado no local e disparou contra a vítima. O crime teria sido motivado por um “mal tratamento” recebido pelo suspeito na compra de um automóvel.
Em 4 de julho, assaltantes renderam um motorista em Montes Claros e tentaram atear fogo no veículo.
Na região Norte de Belo Horizonte, um homem de 55 anos foi encontrado morto com sinais de violência no bairro Jardim Felicidade, no dia 3 de junho. A autoria e a motivação do crime são desconhecidas.
Estes são apenas alguns dos diversos casos de crimes violentos que diariamente são informados no noticiário.
Além disso, o número de vítimas de homicídios aumentou no estado. Dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública mostram que o mês de abril foi o mais violento desde janeiro de 2021 na região metropolitana, incluindo Belo Horizonte, Contagem, Betim e Ribeirão das Neves.
Em janeiro, foram registrados 34 homicídios; em fevereiro, 38; em março, 56; e em abril, 68. Em Minas Gerais, no mesmo mês de abril, houve 241 vítimas de homicídios, o que resulta em uma média de 7 assassinatos por dia em 2024. Números assustadores que refletem o aumento da criminalidade motivado pela falta de investimentos do governo em segurança pública.
Contudo, esses casos não são isolados. A gestão de Romeu Zema (Novo) e seus aliados, na tentativa de desmantelar as forças de segurança pública, está deteriorando a qualidade de vida em Minas Gerais. A cada dia, o estado perde suas características acolhedoras, transformando-se em um ambiente de medo e insegurança.
Até quando o Governador Romeu Zema continuará a agir como uma criança mimada que não pode ser contrariada, priorizando os lucros pessoais e de seus amigos, objetivando sempre esses interesses sobre as necessidades reais dos trabalhadores e dos cidadãos que merecem ser tratados com dignidade e sair às ruas com segurança e tranquilidade?
Enquanto Zema proclama que Minas Gerais é o melhor estado para se viver, as forças de segurança pública e a população sentem na pele a realidade de viver em um estado que negligencia a segurança do seu povo.
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