top of page

Escrivã recebe homenagem na Assembleia Legislativa por desmantelamento de quadrilha



Ao entrevistar Lattara Rodrigues Ribeiro, descobrimos a razão pela qual ela recebeu essa homenagem. Há uma década como escrivã de Polícia, Lattara, além de ser uma policial experiente, tem uma capacidade singular de se colocar no lugar do outro, de acolher aquele que necessita e busca ajuda. Por falar nisso, como temos notado em nossas edições do Escrivão Nota 10, humanizar os atendimentos tem sido uma prática recorrente de nossos profissionais, que valorizam o cidadão enquanto indivíduo, buscando entender as suas dores e necessidades. A propósito, esse profissional, sem dúvida, é você, Lattara.


O Voto de Congratulações, requerido pelo deputado Sargento Rodrigues, em março, congratulou Lattara Rodrigues Ribeiro pelo desmantelamento de quadrilha que produzia centenas de toneladas de sabão em pó falsificado no Centro-Oeste de Minas Gerais. Na época, segundo Lattara, ela foi a escrivã do caso. Porém, o que muitos desconhecem é que, em meio a tantas histórias, ocorreu um fato que marcou a vida dessa escrivã. Foi um caso que aconteceu na cidade de Araújos, quando lotada em Nova Serrana. Trata-se de um inquérito de hom*cídio, que teria ocorrido em 2017. Passados três anos do fato, a equipe da qual Lattara fazia parte passou a trabalhar nesse inquérito, que até então não apontava autoria, e em 48 horas descobriram uma testemunha-chave, que estava residindo no estado do Rio de Janeiro. Nossa homenageada, dois investigadores e um delegado se dirigiram então àquele estado, ouviram a testemunha, retornaram a Minas e pediram a prisão do autor desse homicídio no intervalo de 48 horas. Na oportunidade, descobriram também que o autor fazia parte do PCC e estava com mandado de prisão em aberto no estado de São Paulo.


Além disso, nesse fato em particular, a mãe da vítima teria tentado contra a própria vida, mas, ao saber que a Polícia teria descoberto o autor do crime, a mãe foi até a delegacia agradecer Lattara e aos demais membros da equipe de investigação, dizendo que eles devolveram a vontade dela de viver. Sim, Lattara, acreditamos também que não foi por acaso que você acompanhou esse caso e, de alguma forma, confortou essa mãe.


Ao dividir conosco sua trajetória, Lattara nos contou também que sempre foi uma escrivã operacional, de efetuar prisões, de estar à frente de investigações. Ela acredita, inclusive, que a oitiva é uma peça fundamental capaz de extrair muitos detalhes para a investigação e é categórica ao afirmar que o escrivão de polícia não sabe da sua importância, devido ao estigma “escravão” de polícia. Segundo ela, a importância do trabalho do escrivão é indiscutível. “Amo fazer o que faço, não sou uma escrivã frustrada”, declarou.


Por escrivães e escrivãs como Lattara que devemos LUTAR


Mesmo não tendo reconhecidos seus DIREITOS BÁSICOS, os Policiais Civis não abrem mão de prestarem serviços com a total qualidade, à custa de sacrifício pessoal.


Às vésperas do Dia do Trabalhador, precisamos chamar atenção da população para os trabalhadores que prestam o serviço público com seriedade e dedicação, reafirmar que não haverá Estado e nenhum Governo que se sustentarão sem o esforço do servidor público, que atende o cidadão naqueles momentos de crise, principalmente nas tragédias, garantindo segurança e dando condições para a prestação dos outros serviços fundamentais para a sociedade.

bottom of page