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DESCONTENTAMENTO E EXONERAÇÕES EM ALTA: Escrivães de Polícia batalham pela valorização da categoria




Recentemente, tem chamado a atenção a quantidade significativa de exonerações para o cargo de Escrivão na Polícia Civil de Minas Gerais. Embora não seja possível determinar com certeza os motivos por trás dessas decisões individuais e pessoais, nós do SINDEP observamos um crescimento exponencial do número de pedidos de exonerações de ocupantes do cargo de Escrivão de Polícia. Conforme publicações da Imprensa Oficial do Estado (IOF), foram mais de 30 (trinta) pedidos de exoneração nos últimos 20 dias.


O que não podemos negar é a notória falta de valorização desses profissionais, frente ao nível de exigência e responsabilidades do cargo, que tem contribuído para que essa atividade fique cada vez menos atrativa. Há inúmeros relatos de evasão de profissionais que prestam concurso para outros cargos com remuneração semelhante, inclusive com registro de casos de pessoas que voltam à academia policial para fazer outros cursos de formação, devido à desvalorização.


A sobrecarga de trabalho, a escassez de servidores e recursos, a falta de benefícios e, principalmente, a estagnação salarial são alguns dos fatores que, nos dias atuais, têm resultado no descontentamento e consequente abandono da carreira por parte dos novos e antigos escrivães de polícia.


Devido a esses fatos, o que temos acompanhado são servidores exaustos do ponto de vista físico e mental, indignados com a falta de políticas públicas, insatisfeitos com o tratamento hostil dispensado à categoria, o que pode culminar em casos extremos, tais como os eventos recentes.


Por essa razão, existe uma pressão social por reformas institucionais e legislativas que garantam um tratamento humanizado aos policiais. Há uma exigência por uma punição efetiva contra assédios e abusos, bem como pela garantia de saúde e condições de trabalho dignas para esse grupo.


A situação é tão alarmante que se torna impossível ignorar a necessidade de medidas urgentes e efetivas. É fundamental que as autoridades ouçam as vozes indignadas e a revolta que ecoam dentro da sociedade. É preciso que as lideranças sindicais sejam veementes na cobrança de ações concretas, não apenas no discurso, mas também na luta pela implementação de políticas que protejam e amparem efetivamente os policiais.


A cobrança por mudanças é legítima e necessária. A sociedade anseia por reformas estruturais que promovam o bem-estar e a integridade daqueles que dedicam suas vidas à segurança pública. É imprescindível que os governantes e as instituições estejam atentos a essa demanda e ajam em prol de uma polícia fortalecida, digna e capaz de cumprir sua missão com responsabilidade e em condições adequadas.


Portanto, cabe a nós, enquanto sociedade e sindicatos, manter essa discussão viva e continuar exigindo medidas efetivas que protejam e valorizem os policiais, reconhecendo que o cuidado com a saúde mental é um componente essencial para uma força policial saudável e eficiente.


Diante de todo esse contexto, o SINDEP segue na luta por direitos e pela reestruturação da carreira, visando a adição de políticas públicas efetivas direcionadas a estes policiais, fazendo com que a profissão seja mais valorizada, pois quem ganha com servidores mais motivados e um ambiente mais saudável é a própria sociedade.

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