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Entrevista com Luciene Murta: entenda como ela revolucionou a Inspetoria-Geral dos Escrivães



Durante um bate-papo descontraído e informal, Luciene Murta falou do seu trabalho à frente da Inspetoria-Geral dos Escrivães e nos contou também sobre sua trajetória: “Antes de iniciar minha apresentação, é importante deixar claro que ocupo um cargo, mas sou uma escrivã de polícia. Por isso, não busco a formalidade junto aos meus pares”, frisou. Na ocasião, aproveitou para reforçar que seu cargo visa atender às necessidades e acompanhar os interesses dos escrivães de polícia.


Luciene Murta é escrivã há 26 anos e trabalhou 24 anos em uma única unidade policial, a regional Centro. “Não sou uma escrivã que saiu de gabinete, sou uma escrivã que trabalhou em uma unidade de ponta”. Luciene disse também ter sentido na pele a necessidade de ajuda e não ter a quem recorrer, experiência vivida durante o exercício de sua atividade operacional.


Diante daquela experiência, ao assumir a Inspetoria-Geral, Luciene decidiu desenvolver um olhar diferente e iniciou um processo de trabalho voltado a estar próximo aos escrivães e foi a partir desse momento que, segundo ela, surgiu a necessidade de realizar as visitas, não somente na capital, mas também no interior do estado. Visitas para além de inspeções em prédios e encontro com pessoas. Segundo ela, as visitas precisavam quebrar a barreira da invisibilidade nos cartórios, atendendo o maior número de escrivães possível. Diante do desafio, ela recorreu ao Departamento de Recursos Humanos da Polícia Civil para, durante as visitas, poder levar uma equipe, um assistente social ou psicólogo, para acompanhar o Servidor. Além disso, Luciene sentiu vontade de criar redes com os escrivães para a troca de experiências e soluções para superar os desafios do dia a dia de trabalho nas unidades policiais


Durante a conversa, Luciene esclareceu que a inspetoria-geral é uma pasta de representação, portanto não toma decisões, mas as influenciam, por isso “acolhe demandas individuais do escrivão e defende os interesses do cargo”, destacou. É a pasta onde o escrivão vai encontrar ouvido e acolhimento.


Além de descrever o funcionamento da inspetoria-geral, a entrevistada também relatou as expectativas sobre a nomeação dos excedentes do concurso de escrivães e o impacto dessa ação para a realização de permutas e transferências de policiais.


A participação das mulheres no comando da Polícia Civil também foi abordada, principalmente nesse momento em que metade do Conselho Superior é ocupado por mulheres. Luciene também relatou suas experiências tanto no conselho quanto no trato com as mulheres no comando dos cartórios nas unidades policiais. Segundo ela, a maioria das chefes de cartório são mulheres, mesmo sendo os homens a maioria no cargo de Escrivão de Polícia, realidade que em nada impacta a relação de trabalho, pelo contrário. Ainda de acordo com Luciene, os homens policiais não encontram nenhuma dificuldade para trabalhar sob o comando das mulheres, um grande avanço na cultura policial


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