Foto: Luiz Santana/ALMG
O SINDEP participou, na manhã de sexta (7), de forma ativa na audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que teve como finalidade de debater o gravíssimo caso de autoextermínio (suicídio) da escrivã, Rafaela Drumond, que segundo relatos, estava sofrendo assédio moral e sexual. A comissão, composta pelos deputado Sargento Rodrigues (Presidente da Comissão), Delegado Christiano Xavier, Cristiano Silveira, Gustavo Valadares, Duarte Bechir, Beatriz Cerqueira e Professor Cleiton debateram com os presentes sobre o momento atual da saúde mental dos policiais civis, que se sentem vulneráveis diante de perseguições que ocorrem na instituição.
O presidente do sindicato, Bruno Viegas, iniciou sua fala prestando condolências ao pai de Rafaela, e, também, contou sobre outros casos de abusos que, infelizmente, chegam ao Sindicato diariamente. Grande parte dos deputados se solidarizam com a fala do representante sindical. Em seguida, Viegas apresentou sugestões de medidas para combater o assédio moral, cuidar da saúde mental e proporcionar melhores condições de trabalho aos servidores.
Na oportunidade, o deputado Professor Cleiton, apresentou ao público a Lei Rafaela Drumond, na qual prevê medidas de combate ao assédio moral no serviço público no Estado de Minas Gerais.
Ontem ficou claro que a sociedade como um todo não aceitará que casos como esses passem impunes. É urgente que as autoridades encarem essa realidade com seriedade e ajam prontamente. O assédio moral nas instituições policiais é inaceitável e prejudica não apenas os policiais envolvidos, mas também a qualidade e efetividade do serviço prestado à sociedade. Medidas eficazes devem ser tomadas para garantir um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. Afinal, ficou patente a necessidade de mudanças estruturais para a construção de uma polícia mais justa e humanizada.
A revolta diante dessa situação é justificada e deve ser canalizada para ações concretas. Somente com a união de esforços, pressão sobre as autoridades competentes e uma mudança de cultura institucional é que poderemos almejar um ambiente policial saudável, no qual a excelência no cumprimento da missão seja alcançada, respeitando-se os direitos e a integridade dos policiais. É hora de agir! Não podemos permitir que o assédio moral continue minando as instituições que deveriam nos proteger.
O SINDEP espera que os assuntos debatidos na audiência pública caminhem no sentido de solucionar os problemas enfrentados atualmente pelos servidores, porquanto a busca do coletivo precisa girar em torno de uma sociedade justa e igualitária, procurando construir um diálogo profícuo para o enfrentamento de questões sensíveis e urgentes que afetam a todos, como o assédio. Infelizmente, o assédio moral e sexual tem sido uma realidade cada vez mais presente dentro da polícia, prejudicando não apenas a integridade física e mental dos policiais, mas também a eficiência e a confiança da instituição como um todo.
O assunto não se esgota aqui. Acompanhe-nos em nossos canais.
Comments