“Em homenagem ao Rio Grande do Sul, estado que enfrenta severas enchentes, o Sindep-MG entrevistou Camila Oliveira, uma gaúcha que precisou deixar sua família para perseguir seu sonho. A família de nossa dedicada escrivã foi duramente atingida pelas intensas chuvas. O Sindep-MG deseja força a ela, sua família e a todas as vítimas deste desastre que tem assolado o estado.”
Camila Oliveira Angel, 31, é escrivã lotada na Central Estadual de Plantão Digital e atua no plantão presencial de Belo Horizonte, na Deplan IV.
Gaúcha, natural de Porto Alegre, no Rio Grande sul, precisou deixar a família para seguir a carreira que sempre sonhou. Quando conquistou o cargo de escrivã, em 2021, precisou deixar para trás sua cidade, amigos e vizinhos, mas sempre manteve suas raízes onde nasceu.
O processo de adaptação de Camila em outro estado não foi fácil, mas para ela, a ajuda de colegas da profissão, que no decorrer do tempo se tornaram amigos, foi essencial.
“Muitos deles, posso dizer, tornaram-se minha família em BH. Isso fez com que tudo ficasse mais leve e minha adaptação fosse muito mais fácil”, disse a escrivã.
Camila sempre estudou para concursos da carreira policial. De acordo com ela, apesar de ser formada em direito e ter advogado por um período antes de ser aprovada na Polícia Civil de Minas Gerais, sempre teve como foco a Polícia Civil.
Para ela, os cargos de escrivão e investigador de polícia são essenciais para a atividade policial em vários níveis. De acordo com a policial, são eles que têm o primeiro contato, no início da atividade investigativa, com os envolvidos, materialidade do crime e com o próprio fato em si. São eles que vão auxiliar a atividade policial e dar a melhor condução às investigações, do início ao fim, entre as mais diferentes diligências necessárias.
“Desde as atividades em campo, até as que são realizadas dentro do cartório. Por mais que cada passo da investigação seja singular, ambos devem ser observados e pensados como um todo. Para uma entrega eficiente do trabalho policial à sociedade, penso que seja necessário observar isso. Cada “passo” importa”, explicou Camila.
“Principalmente por trabalhar na central de flagrantes, consigo ver o quão importante são as atuações de escrivães e investigadores, e o quão é importante se construir uma mentalidade de trabalho em conjunto, de equipe, de ambos os cargos”, completou.
A escrivã explicou que tem certeza que fez a escolha certa e que fica muito feliz por fazer parte do plantão digital, um projeto inovador feito pela Polícia Civil de Minas Gerais.
“O trabalho do escrivão no modelo híbrido nas deplans de BH tem seus desafios, mas é bastante satisfatório. Certamente, o respeito, coleguismo e o trabalho em conjunto de toda a equipe faz muita diferença para resolução dos conflitos que aportam as delegacias todos os dias”, disse.
Para ela, o mais importante é sempre entender caso a caso.
“Em outras palavras, cada situação tem sua singularidade, e essa singularidade precisa ser observada por todos que vão atuar no procedimento”
Quando perguntada sobre o Sindep-MG, Camila alega observar uma atuação forte e representativa do sindicato.
“Confesso que fiquei impressionada em alguns momentos com a presteza e agilidade dos membros em ajudar nas demandas que apareceram durante este tempo. A união da categoria é essencial”, completou.
Camila acredita que o trabalho da polícia civil é um trabalho para a sociedade. E por isso, o cidadão, quando entra pela porta da delegacia, precisa ser tratado como alguém que possui direitos e com dignidade, seja lá qual a posição que esteja. Precisa ser ouvido, respeitado e ter a sua demanda atendida em tempo adequado.
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